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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pão de Jerimum

A abóbora ou jerimum, como é mais conhecido no nordeste do Brasil, é o fruto da aboboreira, uma planta rasteira da família das cucurbitáceas, a mesma da melancia, melão, chuchu e do pepino. A abóbora é popularmente classificada como hortaliça e possui diferentes denominações, como moranga - na região sul e jerimum nas regiões norte e nordeste (citado anteriormente). Originária da América Central a hortaliça fez parte da alimentação de muitos povos, como os astecas, incas e maias. No Brasil, ela chegou através dos portugueses, na primeira metade do século XVI, vinda da Guiné.





É uma hortaliça de baixas calorias e alto valor nutricional - 95% da sua composição é água. O jerimum é rico em vitamina A, C, E e do complexo B, sais minerais como o cálcio e o fósforo, potássio, magnésio, zinco, contêm fibras, além de ser provida de propriedades laxativas e diuréticas.



Por ser muito versátil o jerimum pode ser consumido de diversas formas, como ingrediente em saladas, pratos quentes, refogados, sopas, pães, bolos, doces, etc. Hoje em dia com a difusão do consumo consciente e do aproveitamento integral dos alimentos, as pessoas passaram a consumir suas sementes e cascas. As sementes são ricas em ferro e podem ser torradas e consumidas como aperitivo. E suas cascas aproveitadas em sopas, caldos, no feijão, bem como agregadas à outras preparações mais sofisticadas, conferindo a estas um maior valor nutricional.
O que apresento para vocês, neste espaço, é uma sugestão de preparação que pode ser feita com o jerimum, fugindo do tradicional, principalmente no nordeste onde ele é geralmente consumido com carne seca, com camarão ou também em doces combinados com coco, por exemplo.



Na receita original o título era Pão de abóbora, mas resolvi mudar para Pão de jerimum, para ficar mais próximo do nordeste.


Havia uma sobra de jerimum cozido e então optei por testá-lo em uma receita de pão semi-doce. Não segui exatamente a receita na íntegra, fiz algumas alterações que culminaram neste resultado final:





















Um pão caramelizado por fora, de crosta brilhante e firme, e um miolo amarelo gema, fofinho e leve. A princípio imaginei que não iria dar certo, pois a massa ficou mole, a ponto de não consegui nem sová-la (amassar). Descreverei então a receita da forma como a executei.


Ingredientes:

1 1/2 xícara de jerimum cozido (cortado em cubos 2cmx2cm)
2 ovos
1/2 xícara de açúcar

1 xícara de óleo
1 xícara de leite ou da água do cozimento do jerimum
1 colher de chá de sal
2 tabletes (15g) de fermento biológico fresco
3 xícaras de farinha de trigo sem fermento
1 xícara de amido de milho
1 gema para pincelar


Modo de preparo:



Bater os ingredientes líquidos no liquidificador. Em um recipiente colocar o açúcar, dissolver o fermento, acrescentar a mistura do liquidificador e adicionar aos poucos os ingredientes secos (farinha e amido) peneirados. Fazer movimentos circulares com a mão ou se preferir com uma espátula, pois a massa fica "grudenta", faz-se necessário ter um pouco de farinha reservada, caso necessite acrescentar mais à massa. O sal deve ser o último ingrediente. Disponha em formas apropriadas, untadas com margarina ou manteiga, polvilhada com farinha.


Deixe descansar por 30min (já na forma). Pincele com gema e leve ao forno preaquecido, por 30 minutos ou até assar e dourar.



Esta receita rendeu 12 pãezinhos e um pão de forma. Confesso que não obtive o resultado proposto pela receita original, nela havia muitos ingredientes líquidos, não os coloquei todos. Acrescentei um pouco mais de abóbora e onde pedia 04 xícaras de farinha de trigo, substituí uma por amido de milho. Tomei um susto quando vi que a massa não desgrudava das mãos e que não iria conseguir boleá-la, por isso a opção em dispor os pães em formas. Fiquei feliz quando vi que ele dobrou o volume, isso é um bom sinal. Mas, no final o pão ficou comestível. Ah, também não aguentei a ansiedade e acabei por prová-lo ainda quente, para a minha decepção, pois a casca estava crocante (pra não dizer dura) e o miolo mole (dando a impressão de cru). O ideal mesmo é degustar o pão frio, porque ele irá ganhar a consistência que lhe cabe. Um parêntese: tive aulas de panificação recentemente, e a professora falou sobre esse processo mesmo, alguns pães devem ser consumidos depois de frios, porque quando ele sai do forno ainda está assando, e a etapa de resfriamento acaba sendo o tempo final de cocção do alimento. Por isso faz-se necessário retirá-lo minutos antes do tempo de cozimento, para que ele alcance - depois de frio - o resultado esperado.




Dito e feito. Fiz ele na segunda-feira (dia 25) pela manhã e quando fui provar novamente à noite, estava com outro aspecto e sabor, muito melhor (diga-se de passagem).



Eis uma receita de um pão saboroso e nutritivo, muito leve e macio, para os amantes da panificação. Bom apetite!


















Bonsai de Jaboticabeira!

Curiosidades...









Recentemente ganhei um bonsai de árvore frutífera, uma Jaboticabeira. Fiquei muito entusiasmada e procurei logo por informações para cuidar bem do meu bonsai. A embalagem trazia instruções de como adubar, regar, expor ao sol, essas coisas assim, mas, para mim não foi o suficiente, pois as informações eram muito sucintas e como leiga no assunto tive que pesquisar mais e saciar minha sede de conhecimento. A minha primeira curiosidade não foi saber o porquê do nome bonsai, mas sim os cuidados específicos, principalmente por se tratar de uma espécie frutífera, fruta, alimento, comida, enfim, associei logo à minha paixão pela gastronomia. Pois bem, continuando, vi alguns vídeos muito interessantes do Professor Márcio Augusto de Azevedo (cultivador e colecionador), que se mostrou um conhecedor do assunto, e suas explicações clarearam mais minhas dúvidas, especificamente sobre a jaboticabeira, fruta pela qual estou ansiosa por degustar quando florar no meu bonsai, não que já não tenha provado, mas a sensação de cultivar uma fruta e consumi-la do pé, é extraordinária. Como já disse sou leiga no assunto e pouco conhecedora, nenhuma expert, mas minha intenção aqui é única e exclusivemente de compartilhar conhecimentos e trocar ideias, informações, experiências, enfim, me comunicar, isso porque muitas vezes só procuramos adquirir conhecimento quando determinada situação nos obriga, no meu caso em função desta pequena árvore, que agora depende dos meus cuidados para crescer forte e saudável e dar muitos frutos, fui motivada a estudar sobre bonsais e jaboticabeiras. Diante mão prometo postar aqui o grande dia: quando meu pé de jaboticaba frutificar! Para mim será um acontecimento. (Foto da esquerda o bonsai que ganhei - original ainda sem poda e foto da direita ilustrativa - fonte: internet portal R7).

Um pouco sobre o significado do nome:
Foram os chineses quem primeiro começaram a cultivar o bonsai, faziam isso para poderem contemplar, mais de perto, a natureza em miniatura, cultivada em pedras ou bandejas, daí a origem do nome, BON = bandeja ou bacia e SAI = cultivo, podendo ser traduzido assim: "cultivado em uma bandeja". Embora a técnica seja chinesa, o nome é japonês. Na China o Bonsai segue padrões estéticos diferentes dos cultivados no Japão e é conhecido por outro nome: "Penjing" que quer dizer panorama em bacia, pois na China é mais comum falar paisagem ou panorama (jin) e não cultivo ("sai" - pronúncia japonesa do ideograma "zai" - cultivo). Existem algumas outras teorias sobre o seu surgimento e cultivo, mas não é o caso explaná-lo, tão etalhadamente, aqui. Por isso, me restringrirei sobre sua origem somente neste parágrafo.

Quanto aos cuidados que se deve ter com o bonsai são basicamente três, principais, a saber: rega diária (manter a terra do bonsai sempre úmida), sol (o bonsai é uma planta de ornamentação exterior, devendo ficar exposta sob a luz solar direto) e adubação, onde a frequência vai variar de acordo com cada espécie. Porém, existem outros cuidados, é claro, bem característicos deste tipo de planta, que é a poda. Esta deve ser realizada no mínimo há cada quinze dias. A troca de terra também é um fator fundamental para manter a integridade de um bonsai, normanlmente feita de dois em dois anos, com solos (terra) específicos.

Sobre a jaboticabeira: É uma árvore nativa do Brasil, encontrada de norte a sul do país. No Pantanal, por exemplo, quando é verão ela se encontra debaixo d'água, ou seja, é uma planta que está habituada às cheias (enchentes), necessita de muita água. No caso do bonsai, sua terra deve ser composta por matéria orgânica (adubo específico) e manter-se úmida, por isso é importante a rega diária desta espécie. A palavra jabuticaba é tupi e quer dizer "fruto em botão". É uma fruta pouco calórica e muito rica nutricionalmente em ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que facilita a digestão e ainda ajuda a eliminar toxinas.

Na gastronomia ela pode ser aproveitada em preparações como: licor, sucos, geleias, tortas, até mesmo como molhos para acompanhar carnes vermelhas ou brancas e o que mais a criatividade e inspiração ordenar.







terça-feira, 5 de abril de 2011

Pudim de gelatina de maracujá



(Receita testada e aprovada!)


Certa vez estava eu com vontade de saciar meu paladar com alguma guloseima. Então, louca por gelatina que sou, fui "fuçar" meus livros, livretos, livrinhos, revistas e anotações de receitas e encontrei uma que levasse gelatina e leite condensado, bastante prática por sinal, e que parecia saborosa - claro gente, até mesmo uma estudante de gastronomia deseja às vezes comer uma besteirinha que não necessite de muitas técnicas nem demande muito tempo para ser feita. Afinal, fugir da rotina deve fazer parte da vida de um cozinheiro. Sem contar, que é na simplicidade de um ingrediente ou preparação que muitas vezes os grandes chefes descobrem suas grandes "invenções" culinárias, mesmo que seja uma simples gelatina. A minha não foi essa, mas o "falso" pudim fez sucesso e deixou um gostinho de quero mais! Experimentem!


Ingredientes para o pudim:



  • 2 caixas de pó para gelatina sabor maracujá


  • 400ml de leite


  • 2 caixas (200g) de creme de leite


  • 1 caixa de 395g (ou lata) de leite condensado

Calda:




  • 1/2 xícara (chá) de açúcar


  • 1/2 xícara (chá) de água fria


  • polpa de um (01) maracujá

Preparo:

Dissolva a gelatina em 200ml de leite quente. Coloque no liquidificador e bata com o restante do leite, o creme de leite e o leite condensado. Despeje numa forma umedecida com água e deixe na geladeira até firmar. Calda: Coloque o açúcar em uma panela e leve ao fogo baixo, até adquirir uma coloração dourada. Acrescente a água fria e a polpa de maracujá, deixe ferver por mais alguns minutos. Desenforme o pudim e sirva acompanhado da calda fria.


Uma sugestão prática e saborosa para servir para os amigos e familiares.